Questão da UECE - Odontologia 2006
O uso de soluções anestésicas que contêm prilocaína deve ser evitado em pacientes que relatam
na anamnese:
A) hipotireoidismo.
B) diabetes mellittus.
C) metemoglobinemia congênita.
D) ansiedade.
Resposta Comentada:
A Prilocaína é um anestésico local do grupo amida e seu efeito anestésico se dá pelo bloqueio do impulso nervoso ao diminuir a permeabilidade da membrana neuronal aos íons sódio (mais informações sobre a forma de ação dos anestésicos, clique aqui e leia essa questão).
Em odontologia, a Prilocaína é geralmente associada ao vaso constritor "felipressina".
A principal contra indicação da prilocaína é seu uso em pacientes com qualquer condição associada a Oxigenação Deficiente.
O lance é o seguinte. O metabolismo da prilocaína, em especial seu anel aromático (ortoluidina) pode provocar ou exacerbar a metemoglobinemia.
E o que diabos é isso?
A Metemoglobina é a forma oxidada de hemoglobina. Ela não se liga ao oxigênio. todos possuem metemoglobina no sangue em um nível aceitável. Quando essa concentração aumenta além desses níveis, temos a tal metemoglobinemia.
A metemoglobinemia pode levar a sintomas como cianose, cefaleia, tonteiras, arritmias cardíacas, convulsões e podendo levar ao óbito.
Então, caros dentistas, se o paciente relatar que possui essa tal de metemoglobinemia ou qualquer outra condição que leve a uma oxigenação deficiente, não use a Prilocaína!!!
Ah! Em pacientes gestantes, a prilocaína também é contra indicada pelo seguinte: Seu vasoconstrictor, a felipressina, pode levar a uma contração intra uterina! E você não quer acelerar o parto de ninguém, não? fora que pode provocar a metemoglobinemia no feto!
Enfim, já dei a resposta, não? Letra C!
Bibliografia:
http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/livro_eletronico/dor.html#_Toc24791888
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Contra indicações da Prilocaína
Marcadores:
Anestesiologia
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Primeira etapa de um tratamento protético complexo
Questão da CESGRANRIO - Fiscal Sanitário Odontólogo Salvador 2011
Um paciente apresentou-se para tratamento no Centro Especializado de Odontologia com desgaste generalizado dos remanescentes dentários e ausência dos elementos 17, 26, 37, 46 e 47. Os dentes anteriores apresentam relação de topo, mas falta estabilidade oclusal nos posteriores. A distância entre as comissuras do lábio e do olho mede 45 mm. Quando se mediu com um compasso de Willis a distância entre o ponto nasal e o gnátio, foi encontrado o total de 38 mm.
Qual a primeira etapa para o tratamento desse paciente?
(A) Aumento da dimensão vertical, coroas veneer e próteses fixas sobre implantes posteriores para estabilizar a oclusão.
(B) Aumento da dimensão vertical, overlay para devolver a estrutura dental perdida e equilibrar a oclusão.
(C) Restabelecimento da dimensão vertical, coroas provisórias e próteses removíveis posteriores para estabilizar a oclusão.
(D) Diminuição da dimensão vertical, overlay para devolver a estrutura dental perdida e equilibrar a oclusão.
(E) Diminuição da dimensão vertical, coroas venner e próteses fixas sobre implantes posteriores para estabilizar a oclusão.
Resposta comentada:
Essa questão de odontologia não é muito difícil. Você só precisa de um pouco de conhecimento de prótese e se atentar aos detalhes. Então vamos, caros dentistas?
A primeira informação relevante é o desgaste generalizado das unidades remanescentes. Isso provavelmente nos diz que a dimensão vertical de oclusão (DVO) está reduzida.
Eu sei que vocês sabem, mas não custa lembrar o que é a tal DVO. Esta, nada mais é que a medida no plano vertical, que estabelece a relação entre a maxila e mandíbula quando os dentes posteriores estão ocluídos, independentemente destes serem naturais ou protéticos, hígidos ou restaurados.
A segunda informação relevante é a ausência de várias unidades posteriores e a relação em topo das anteriores. Lógico, o paciente tem que mastigar em algum lugar. Se lhes faltam os dentes posteriores ele tem que usar os anteriores. Estes últimos não são feitos para mastigação, então o desgaste acaba sendo uma consequência mais do que natural.
Depois ele frisa a falta de estabilidade oclusal nos dentes posteriores.
Por fim, a questão nos dá vários dados técnicos que até são relevantes, mas nem seriam necessários. Apenas confirmam tudo o que ele disse antes.
De qualquer forma vamos explicá-los.
Existe uma igualdade entre a distância que vai do ponto subnasal até o gnátio, e que vai do canto lateral do olho até a comissura bucal, com o paciente em relaxamento muscular.
No paciente em questão, as distancias são de 45 e 38, existindo uma disparidade de 7 pontos a menos na distância entre nasal e gnatio, provando a dimensão vertical reduzida.
Então vamos para o que nos interessa...O que deve ser feito numa primeira etapa do tratamento?
O que temos que corrigir? A dimensão vertical reduzida, o desgaste excessivo dos dentes remanescentes e as ausências dos posteriores.
A resposta correta a gente mata logo na primeira. Temos que restabelecer a dimensão vertical de oclusão. Então já vemos que a resposta é a letra C, pois é a única que fala sobre isso. A pegadinha é que muita gente poderia marcar "aumentar a dimensão vertical", o que não estaria de todo incorreto. O termo técnico mais correto, porém, é a busca pela normalidade.
Em seguida temos as outras deficiências. Gostaria de enfatizar que estamos numa primeira etapa de um tratamento protético complexo. O paciente está num desequilíbrio funcional, mas que levou tanto tempo para ocorrer que seu organismo está adaptado a ele. Então qualquer mudança que vamos fazer deve ser lenta e progressiva para que o sistema estomatognático se adapte a uma nova situação.
Sendo assim, não é interessante partir logo para tratamentos definitivos como coroas de porcelana, implantes e afins. Nesse caso optamos por coroas provisórias e próteses removíveis para restabelecer a oclusão e ir testando a adaptação do paciente a essa nova condição e podermos alterar facilmente durante esse período de adaptação, qualquer eventualidade.
Espero que tenha ficado claro! Resposta, letra C"
Bibliografia:
http://www.seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/viewFile/4066/3029
Um paciente apresentou-se para tratamento no Centro Especializado de Odontologia com desgaste generalizado dos remanescentes dentários e ausência dos elementos 17, 26, 37, 46 e 47. Os dentes anteriores apresentam relação de topo, mas falta estabilidade oclusal nos posteriores. A distância entre as comissuras do lábio e do olho mede 45 mm. Quando se mediu com um compasso de Willis a distância entre o ponto nasal e o gnátio, foi encontrado o total de 38 mm.
Qual a primeira etapa para o tratamento desse paciente?
(A) Aumento da dimensão vertical, coroas veneer e próteses fixas sobre implantes posteriores para estabilizar a oclusão.
(B) Aumento da dimensão vertical, overlay para devolver a estrutura dental perdida e equilibrar a oclusão.
(C) Restabelecimento da dimensão vertical, coroas provisórias e próteses removíveis posteriores para estabilizar a oclusão.
(D) Diminuição da dimensão vertical, overlay para devolver a estrutura dental perdida e equilibrar a oclusão.
(E) Diminuição da dimensão vertical, coroas venner e próteses fixas sobre implantes posteriores para estabilizar a oclusão.
Resposta comentada:
Essa questão de odontologia não é muito difícil. Você só precisa de um pouco de conhecimento de prótese e se atentar aos detalhes. Então vamos, caros dentistas?
A primeira informação relevante é o desgaste generalizado das unidades remanescentes. Isso provavelmente nos diz que a dimensão vertical de oclusão (DVO) está reduzida.
Eu sei que vocês sabem, mas não custa lembrar o que é a tal DVO. Esta, nada mais é que a medida no plano vertical, que estabelece a relação entre a maxila e mandíbula quando os dentes posteriores estão ocluídos, independentemente destes serem naturais ou protéticos, hígidos ou restaurados.
A segunda informação relevante é a ausência de várias unidades posteriores e a relação em topo das anteriores. Lógico, o paciente tem que mastigar em algum lugar. Se lhes faltam os dentes posteriores ele tem que usar os anteriores. Estes últimos não são feitos para mastigação, então o desgaste acaba sendo uma consequência mais do que natural.
Depois ele frisa a falta de estabilidade oclusal nos dentes posteriores.
Por fim, a questão nos dá vários dados técnicos que até são relevantes, mas nem seriam necessários. Apenas confirmam tudo o que ele disse antes.
De qualquer forma vamos explicá-los.
Existe uma igualdade entre a distância que vai do ponto subnasal até o gnátio, e que vai do canto lateral do olho até a comissura bucal, com o paciente em relaxamento muscular.
No paciente em questão, as distancias são de 45 e 38, existindo uma disparidade de 7 pontos a menos na distância entre nasal e gnatio, provando a dimensão vertical reduzida.
Então vamos para o que nos interessa...O que deve ser feito numa primeira etapa do tratamento?
O que temos que corrigir? A dimensão vertical reduzida, o desgaste excessivo dos dentes remanescentes e as ausências dos posteriores.
A resposta correta a gente mata logo na primeira. Temos que restabelecer a dimensão vertical de oclusão. Então já vemos que a resposta é a letra C, pois é a única que fala sobre isso. A pegadinha é que muita gente poderia marcar "aumentar a dimensão vertical", o que não estaria de todo incorreto. O termo técnico mais correto, porém, é a busca pela normalidade.
Em seguida temos as outras deficiências. Gostaria de enfatizar que estamos numa primeira etapa de um tratamento protético complexo. O paciente está num desequilíbrio funcional, mas que levou tanto tempo para ocorrer que seu organismo está adaptado a ele. Então qualquer mudança que vamos fazer deve ser lenta e progressiva para que o sistema estomatognático se adapte a uma nova situação.
Sendo assim, não é interessante partir logo para tratamentos definitivos como coroas de porcelana, implantes e afins. Nesse caso optamos por coroas provisórias e próteses removíveis para restabelecer a oclusão e ir testando a adaptação do paciente a essa nova condição e podermos alterar facilmente durante esse período de adaptação, qualquer eventualidade.
Espero que tenha ficado claro! Resposta, letra C"
Bibliografia:
http://www.seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/viewFile/4066/3029
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Prótese
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Medidas empregadas na terapia periodontal básica
Questão da CESGRANRIO - Fiscal Sanitário Odontólogo Salvador 2011
São medidas empregadas na fase da terapia básica periodontal, EXCETO
(A) motivação e instrução de técnicas apropriadas de higiene bucal
(B) raspagem e alisamento radicular
(C) remoção de nichos de retenção de placa
(D) clareamento dental para adequação da cor dos dentes
(E) controle químico da placa supragengival
Resposta comentada:
Essa é tão boba que até tenho vergonha de postar aqui. Mas caiu num concurso de odontologia...Então quem sou eu para dispensá-la?
O enunciado nos pede que apontemos a alternativa que não está de acordo com a terapia periodontal básica.
A letra A fala de instrução nas técnicas de higiene bucal e motivação. Esse é o básico do básico para que o paciente possa manter uma saúde bucal e ,obviamente, periodontal. Correta.
A letra B fala de raspagem e alisamento radicular. Esse é o tratamento básico nas periodontites. Também correto.
A letra C nos diz que a remoção dos nichos de retenção de placa também está no básico da terapia periodontal.Sim...Correção de restaurações em excesso, por exemplo, faz parte dessa etapa básica. Correta.
A letra D fala em Clareamento dental para adequação da cor dos dentes. Claro que...Ei! Essa é a errada! O que coloração dental tem a ver com saúde periodontal??? Mudar a cor de um dente vai ajudar em que na manutenção de um periodonto saudável? Em nada! Então pode marcar essa!
Só para não deixar de comentar, a letra E também é correta, com o controle química da placa subgengival. O uso de substâncias para bochechos como a clorexidina são muito úteis na terapia periodontal.
Pronto...A letra D realmente é a falsa.
Sério...Não vou nem colocar bibliografia!
São medidas empregadas na fase da terapia básica periodontal, EXCETO
(A) motivação e instrução de técnicas apropriadas de higiene bucal
(B) raspagem e alisamento radicular
(C) remoção de nichos de retenção de placa
(D) clareamento dental para adequação da cor dos dentes
(E) controle químico da placa supragengival
Resposta comentada:
Essa é tão boba que até tenho vergonha de postar aqui. Mas caiu num concurso de odontologia...Então quem sou eu para dispensá-la?
O enunciado nos pede que apontemos a alternativa que não está de acordo com a terapia periodontal básica.
A letra A fala de instrução nas técnicas de higiene bucal e motivação. Esse é o básico do básico para que o paciente possa manter uma saúde bucal e ,obviamente, periodontal. Correta.
A letra B fala de raspagem e alisamento radicular. Esse é o tratamento básico nas periodontites. Também correto.
A letra C nos diz que a remoção dos nichos de retenção de placa também está no básico da terapia periodontal.Sim...Correção de restaurações em excesso, por exemplo, faz parte dessa etapa básica. Correta.
A letra D fala em Clareamento dental para adequação da cor dos dentes. Claro que...Ei! Essa é a errada! O que coloração dental tem a ver com saúde periodontal??? Mudar a cor de um dente vai ajudar em que na manutenção de um periodonto saudável? Em nada! Então pode marcar essa!
Só para não deixar de comentar, a letra E também é correta, com o controle química da placa subgengival. O uso de substâncias para bochechos como a clorexidina são muito úteis na terapia periodontal.
Pronto...A letra D realmente é a falsa.
Sério...Não vou nem colocar bibliografia!
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