domingo, 31 de outubro de 2010

4o Nível de prevenção da cárie bucal

Questão da Cesgranrio - Petrobrás 2008

Pergunta: O procedimento que pode ser enquadrado no 4o Nível de
Prevenção da cárie dental é o(a)

(A) capeamento pulpar direto.
(B) selamento de fossas e fissuras.
(C) fluoretação da água.
(D) radiografia interproximal.
(E) nutrição adequada no período de formação dos dentes.

Resposta Comentada:

Essa questão é extremamente importante, pois aparece com frequência nos concursos. Existem 5 níveis de Prevenção da carie dentária:

Primeiro nível (Promoção de saúde): Neste nível estão todas as medidas tomadas para o aumento da resistência do organismo do hospedeiro. Estamos buscando algo mais geral, não só contra a cárie, mas contra todos os problemas de saúde. Nutrição adequada, moradia e saneamento básico são algumas propostas.



Segundo nível (Proteção específica): Neste nível, já tomamos medidas mais específicas para a doença cárie. Uso de substâncias fluoretadas, selantes de fóssulas e fissuras, dieta não cariogênica são exemplos.



* OBS: O primeiro e segundo nível se encontram na categoria de PREVENÇÃO  PRIMÁRIA.

Terceiro nível (Diagnóstico precoce e tratamento imediato): Mesmo investindo na promoção de saúde e proteção específica, a danada da cárie resolveu aparecer, mas ainda está numa fase inicial e é logo diagnosticada. Nesse nível ainda podemos usar meios para remineralizar a estrutura dentária. O uso de selantes também pode entrar neste nível. Exames para diagnóstico como radiografias também se encontram aqui.



*OBS: O terceiro nível se encontra na categoria de PREVENÇÃO SECUNDÁRIA.

Quarto nível (Limitação do dano): A cárie já está numa fase avançada, com cavitação. Vamos usar os meios que nos restam para limitar o dano. Restaurações, endodontias, próteses fixas unitárias. Tudo para tentar salvar o remanescente dentário.



Quinto nível (Reabilitação do indivíduo): É...Nada deu certo e o dente teve que ser extraído. Nesta fase se encontra a reabilitação protética, para reintegrar o indivíduo à sociedade.



*OBS: O quarto e quinto nível se encontram na categoria de PREVENÇÃO TERCIÁRIA.

Agora que já revisamos, vamos a nossa resposta correta: Dentre as alternativas, a que se enquadra no 4o nível é a letra A, Capeamento pulpar direto.

DICA: "Tratado de Saúde Coletiva em Odontologia" Antônio Carlos Pereira

Bibliografia:

http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=760

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Considerações sobre esterilização

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT Analista Judiciário 2003

Pergunta: Na prática odontológica, a esterilização 
  1. promove completa eliminação de todas as formas de microrganismos presentes.
  2. é eficaz quando se utiliza estufa a 140 qC por 60 minutos.
  3. é ineficaz quando há imersão de instrumentos em solução aquosa de glutaraldeído a 2% por 10 horas.
  4. promove a eliminação parcial de todas as formas de microrganismos presentes.
  5. utiliza como agentes físicos o óxido de etileno e o glutaraldeído

Resposta comentada:

Boa pergunta cuja resposta depende de uma pequena revisão de Biossegurança.O próprio conceito de Esterilização já nos dá, de cara, a resposta. Esterilização é o processo que promove a completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos presentes: vírus, protozoários, fungos, esporos, bactérias, para um aceitável nível de segurança.

Assim a letra A já parece ser a resposta correta. Mas vamos ver por que as outras estão incorretas.

A letra B é incorreta pois a estufa, método de esterilização físico, na temperatuda de 140º, necessita de pelo menos 180 minutos (3 horas) para a completa destruição dos microorganismos. Para a esterilização em uma hora (60 min.) necessitaria de uma temperatura de 171º. Seguem algumas informações:


estufa


121º = 12 horas
141º = 180 min
149º = 150 min
160º = 120 min
171º = 60 min

A Letra C trata do Glutaraldeído a 2%. Este é um método de esterilização químico que necessita de pelo menos 8 a 10 horas para uma esterilização completa. Sendo assim ele é "Eficaz" em 10 horas e não "Ineficaz" como diz na resposta.

Só como curiosidade, o glutaraldeído puro não é eficaz contra esporos. Por isso normalmente, os produtos vendidos, vêm com um ativador. Este confere um ph alcalino à substância e, aí sim, ele elimina os esporos.

A Letra D, já foi respondida no início. A esterilização é uma coisa completa e total. Não existe esse negócio de "meio esterilizado". Ou está estéril ou não está. E fim de papo!

A letra E é facilmente descartada, pois sabemos que o Glutaraldeído é um método químico e o óxido de etileno, um processo físico-químico.


Bibliografia:
RUTALA W A. APIC Guideline for selection and use of disinfectants. AJIC Am J Infect Control. 1995; 23: (30: 35A- 65A.

http://www.cih.com.br/esterilizacao.htm#l6

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Qual a dose máxima de Mepivacaína a 2% ?

Questão da CIAAR - Aeronáutica 2010

Pergunta: Leia a afirmação abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas. Em anestesiologia na odontopediatria, o uso de Mepivacaína a 2% com noradrenalina 1:100 000 ou adrenalina 1:10 000, temos como dose máxima a administração de __________ mg para ____________kg de peso corpóreo.
  1. 44/ 15
  2. 110/ 30
  3. 154/ 40
  4. 66/ 15



Resposta Comentada:

Mais uma questão decoreba de anestesiologia. Para responder você tem que saber "de cor" a dose máxima da Mepivacaína, que no caso é de 4,4mg/Kg.

Tendo este dado, basta ir para as alternativas e fazer uma pequena conta matemática para conferir uma por uma.

Vamos escolher o peso do paciente como base. Na primeira alternativa o paciente tem 15 Kg.

15 X 4,4 = 66.

A letra A é incorreta, pois da a resposta como sendo 44. Passamos para a segunda.

30 X 4,4 = 132

Letra B também errada pois dá a resposta com 110 kg. Seguinte.

40 X 4,4 = 176

Letra C incorreta pois dá a resposta como 154. Sendo assim a resposta correta só pode ser a Letra D, cujo cálculo coincidentemente já havíamos verificado no teste da primeira alternativa.

Bibliografia:
http://odontopucpr.br.tripod.com/saisbrasil.htm

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Trauma dentário: De qual tipo e o que fazer?

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT Analista Judiciário 2003

Pergunta: Paciente do sexo masculino, 12 anos de idade, sofre queda de bicicleta e chega ao consultório odontológico com queixa de dor à mastigação no dente 21. Clinicamente não é observada fratura nem presença de deslocamento da posição original, apenas dor à percussão. O exame radiográfico mostrou ausência de alargamento do espaço do ligamento periodontal e de outros sinais patológicos. A classificação deste traumatismo e o seu tratamento são, respectivamente, 
  1. concussão; alívio do contato oclusal e proservação.
  2. luxação; alívio do contato oclusal e tratamento endodôntico.
  3. concussão; alívio do contato oclusal e esplintagem por 15 dias.
  4. subluxação; alívio do contato oclusal e proservação.
  5. luxação; alívio do contato oclusal e esplintagem por 15 dias.

Resposta Comentada:



Para responder precisamos fazer uma pequena revisão sobre Traumatismo Alvéolo-Dentário. Mais especificamente sobre Traumatismos aos tecidos periodontais, já que a questão informa que não houve fratura da unidade dentária.

Inicialmente vamos aos conceitos desses traumatismos:

Concussão : É o mais brando desses traumatismos. Nele não há deslocamento nem alteração anormal de posição. A única coisa que o paciente se queixa é de uma reação à palpação vertical ou horizontal. O teste de vitalidade pode dar positivo ou negativo. Nesse caso só precisamos dar um repouso oclusal ao dente, pedindo ao paciente que evite mastigação excessiva por alguns dias. No máximo um desgaste da unidade antagonista e acompanhamento.

Subluxação: Nesse caso a porrada já foi um pouco mais forte e existe uma pequena mobilidade horizontal, mas sem deslocamento. Normalmente exibe um sangramento no sulco gengival e o paciente sente dor na percussão. O tratamento é parecido com a concussão. Repouso oclusal (uns 14 dias), desgaste do antagonista se necessário e, no caso de mobilidade excessiva, uma contenção pode ser realizada.

Luxação: A Luxação pode ser de 3 tipos.

Extrusiva: quando há deslocamento parcial da unidade para fora do alvéolo. Nesse caso existe sangramento do ligamento periodontal, espessamento do mesmo na radiografia e teste de vitalidade negativa. Resolvemos isso inicialmente reposicionando a unidade e colocando uma contenção semi-fixa por 2 a 3 semanas. Provavelmente irá necessitar de endodontia posteriormente, mas em alguns casos existe recuperação da vitalidade.



Lateral: Quando o deslocamento é lateral. Obviamente a coroa vai para palatina, pois ninguém leva porrada de dentro pra fora. O alvéolo sofre fratura e, nesses casos, não costuma existir mobilidade pois a unidade acaba travada. Nesse caso, realizamos reposicionamento e contenção semi rígida, já que o osso também foi agredido com fratura. Lembrar de comprimir a tábua óssea, tanto vestibular quanto palatina e readaptar a gengiva.

Intrusiva: O deslocamento da unidade é para o interior da cavidade alveolar. Existe fratura do alvéolo e costuma haver sangramento nasal. Não apresenta mobilidade e ,radiograficamente, o espaço do ligamento periodontal aparece diminuido ou ausente. O tratamento de escolha é o reposicionamento ortodôntico. Dentes com rizogênese incompleta podem re-erupcionar sozinhos, mas nem sempre é bom esperar por isso pelo risco de reabsorção.

Avulsão: Nele, a porrada é tão feia que o dente sai completamente do alvéolo dentário.Não precisa nem ficar fazendo teste, não? Ou acha que o dente vai ter vitalidade na palma da sua mão? O tratamento é o re-implante. Se a coisa for rápida, (30 minutos ou 6 horas acondicionado adequadamente) o re-implante pode ser feito na hora, lavando o dente em solução salina, inserindo o dente no alvéolo e fazendo uma contenção fixa por 14 dias. mas se for tardio ai já envolve tratamento endodontico fora da boca antes de re-implantar e fazer a contenção semi rígida.

Após todas essas explicações, vamos à resposta correta. Sem fratura nem deslocamento. Eliminamos as alternativas B e E, pois nas duas temos luxação (deslocamento extrusivo, intrusivo ou lateral). A letra C nós eliminamos, pois ele associa a concussão a uma esplintagem e todos nós sabemos que na concussão só precisamos de repouso oclusal. Ficamos com a letra A e D. O tratamento das duas é compatível com o trauma.

Basta diferenciar: Concussão ou subluxação? A resposta correta é letra A, Concussão. Só podemos verificar isso na questão por causa da ausência de espessamento do ligamento periodontal. Esse espessamento ocorre na subluxação, pois nele algumas fibras desse ligamento são rompidas.

Bibliografia:
http://revistas.unipar.br/saude/article/viewFile/2541/1984

http://www.ufpel.edu.br/pecos/index.php?option=com_content&view=article&id=67&Itemid=122

domingo, 24 de outubro de 2010

Formatos de acesso endodôntico em dentes com coroa hígida

Questão da Cesgranrio - Petrobrás 2008

Pergunta: Qual a forma ideal de um acesso coronário para tratamento endodôntico de um canino inferior com a coroa hígida, segundo S. Cohen?


a) Oval.

b) Retangular.

c) Trapezoidal.

d) Triangular com a base voltada para cervical.

e) Triangular com a base voltada para incisal.


Resposta Comentada:

Outra questão bastante repetida em concursos e relativamente fácil. Daquelas que você nem precisa pensar muito. Então vamos para os comentários.

A abertura coronária tende a seguir o formato anatômico da câmara pulpar com um pouco de divergência devido ao desgaste compensatório. Sendo assim uma rápida revisão de anatomia resolve nosso problema:

Existe uma variação a depender da idade do paciente, pois a câmara pulpar tende a reduzir seu volume com o tempo, e quantidade de condutos.

Incisivo Jovem: Triangular com base voltada para incisal

Abertura Coronária em Incisivos
triangular

Incisivo Adulto: Ovóide

Canino Jovem: Losangular

Canino Adulto: Ovóide

Abertura Coronária em Caninos
ovóide

Pré-Molar: Ovóide com maior extensão no sentido vestibulo-lingual


Abertura Coronária no Primeiro Pré-Molar
ovóide

Molar Superior: Triangular com vértice voltado para a lingual (Se a coroa for muito achatada esse contorno pode ser quase ovalado)

Molar Inferior: Triangular com vértice voltado para a distal (Se apresentar quatro condutos a forma fica trapezoidal com base maior voltada para mesial)


Abertura Coronária no Primeiro Molar
trapezoidal

Sendo assim a resposta correta é letra A.


Bibliografia:
COHEN. S.,BURNS,R.C.Pathways of the pulp. 5.ed.p.367-71.St.Louis:Mosby,1991.804p.

sábado, 23 de outubro de 2010

Qual solvente remove a guta-percha mais facilmente no retratamento endodôntico?

Questão da Cesgranrio - Petrobrás 2008

Pergunta: Segundo S. Cohen, no retratamento endodôntico, a remoção da guta-percha para se obter acesso à área apical, através de solventes, é obtida mais facilmente com:


 a) xilitol.
 b) EDTA.
 c) halotano.
 d) clorofórmio.
 e) formocresol.

Resposta comentada:

Questão batida em concursos. Vamos saber para que serve cada uma dessas substâncias:



Xilitol: É um adoçante natural encontrado em vegetais. Tem o poder de inibir o crescimento de streptococus mutans, sendo auxiliar no combate das cáries. Legal, mas nada a ver com a pergunta. Na verdade foi uma pegadinha, pois existe uma substância com nome parecido que pode ser usado como solvente. O Xilol.

EDTA: Substância muito usada na endodontia por sua ação quelante. Retira íons cálcio facilitando enormemente a desobstrução de canais atrésicos e remoção da lama dentinária. Um espetáculo para a instrumentação, mas nada a ver com a remoção da guta-percha.

Halotano: Substância usada como anestésico inalador, ainda pouco usado pelos cirurgiões dentistas do Brasil. Ou seja, menos uma!

Clorofórmio: Solvente químico (opa!) bastante usado no passado para retratamentos pelo seu alto poder de dissolução da guta-percha. Hoje é pouco usado, pois possui cheiro forte e pode causar varias reações no organismo por inalação. Uma pena, pois ele é o solvente mais potente para o caso, agindo mais rápido que o xilol, turpentina, óleo de laranja e eucaliptol. Essa é a nossa resposta: letra D

Formocresol: Essa substância possui ação antimicrobiana e poder de fixar a polpa dental, sendo muito usada em terapias endodonticas de unidades decíduas. Totalmente distante da questão apresentada.

Bibliografia:
Pécora, JD "et alii". Estudo "in vitro" sobre o amolecimento de cones de guta percha no re-tratamento endodontico. Brazilian dental journal, 4(1): 43-47 Jan./Jul., 1993.

Qual a dose máxima de Lidocaína 2% sem vasoconstrictor?

Questão da VUNESP - Prefeitura Municipal de Louveira 2007

Pergunta: A lidocaína é um dos anestésicos locais mais utilizados em
endodontia, apresentando boa tolerabilidade e poucos efeitos
colaterais quando administrada em doses adequadas. Assinale
a alternativa que mais se aproxima da dose máxima recomendada
de lidocaína a 2% sem vasoconstritor, a ser administrada
em um adulto saudável.

(A) 2,0 mg/Kg.
(B) 3,3 mg/Kg.
(C) 4,4 mg/Kg.
(D) 6,6 mg/Kg.
(E) 8,0 mg/Kg.

Resposta Comentada:

Questão puramente decoreba cuja resposta sofre algumas variações. A depender de como você aprendeu, vai ter que ir por aproximação. Na bula do LIDOJET, por exemplo, temos que a dose máxima para um adulto saudável é de 4,5mg/Kg com um limite de 300 mg. Já Correa, 1998, nos informa que a dose seria de 4,4 mg/Kg, também com limite de 300 mg. Eu já vi questões de prova elevando esse valor até para 5mg/Kg. Sendo assim, por aproximação, a resposta seria letra C.

É bom deixar claro que estamos falando da substância sem vaso constrictor. Se a questão enfocasse Lidocaína com vaso constrictor, como por exemplo 1:100 000 de epinefrina, o cálculo já muda para 7mg/Kg com limite de 500 mg.





Bibliografia:
CORREA, Ma. S. N. P. Odontopediatria na 1ªinfância. São Paulo, 1998. p. 252.

Características de lesões primárias

Questão da Cesgranrio - Petrobrás  2008

Pergunta: Uma lesão primária que se apresenta como uma alteração achatada e circunscrita de mucosa que varia em tamanho, cor e forma é classificada como:

(A)úlcera.
(B)pápula.
(C)mácula.
(D)nódulo.
(E)vesícula.
 
Resposta Comentada:
Essa é uma boa pergunta para quem está estudando, pois nos dá possibilidade de rever as descrições de todas as lesões primárias citadas entre as respostas. Então vou descrever cada uma delas:
 
Úlcera:
Essa é fácil. Todo mundo um dia já teve uma afta na boca. A afta é uma lesão de caráter ulcerativo. Ou seja, é uma lesão onde se verifica uma solução de continuidade acompanhada de inflamação. Como qualquer ferida, a úlcera apresenta uma depressão na tal solução de continuidade. Sendo assim podemos eliminar essa alternativa pois a úlcera não é achatada.
 
Pápula:
 A pápula é uma lesão pequena, normalmente 1 cm de diametro, elevada e sólida. A acne, assim como espinhas pequenas, é um exemplo de pápula. Essa descrição a descarta como alternativa correta pois não varia muito de tamanho nem forma e muito menos é achatada. Para nunca se esquecer dessa descrição, lembre de um amigo ou amiga que tenha muita espinha na cara e lhe coloque o apelido de Papulinha!!!
 
Mácula:
Você já ouviu alguém falar que "Nunca teve nenhuma mácula na sua história de vida"? O que ele quer dizer com isso? Que não tem nenhuma mancha no seu passado. Opa! Mancha? Toda mancha na pele é contínua a esta... Sem elevação ou depressão (achatada). Manchas podem ser grandes, pequenas, aroxeadas, avermelhadas...Ou seja, variam de tamanho, cor, forma!!! Achamos nossa alternativa correta. pode marcar Letra C!
 
Nódulo:
Já sabemos que a Macula é a alternativa correta. Vamos agora saber por que não é o nódulo. Um nódulo, numa descrição leiga, é um "caroço". E como é um caroço? Arredondado, elevado, sólido. Foge completamente da descrição do quesito. Só para acrescentar, o nódulo pode ser pediculado, quando a base é menor que o diâmetro, ou séssil, quando a base é maior.
 
Vesícula:
E por que essa não é a alternativa correta? A vesícula nada mais é que uma bolha pequena. Elevações do epitélio contendo líquido no interior. Na literatura costuma-se diferenciar bolha de vesícula apenas pelo seu tamanho. Passou de 3mm, virou bolha, abaixo disso é vesícula!
 

Pérolas de Esptein: Qual a conduta terapêutica?

Questão da VUNESP - PSF Santa Marcelina 2009

Pergunta: Cirurgião dentista que atua no Programa de Saúde de da Família diagnosticou a presença de pérolas de Epstein no palato de um recém-nascido. A conduta terapêutica a ser seguida é:

(A) aguardar o desaparecimento natural dessas pérolas.
(B) tratamento com laser.
(C) antibioticoterapia.
(D) remoção cirúrgica com margem de segurança.
(E) fluorterapia

Resposta comentada:Para responder essa pergunta, inicialmente precisamos saber o que são as tais pérolas de Epstein. Estes são pequenos cistos esbranquiçados ou amarelados, localizados ao longo da rafe palatina, remanescentes dos tecidos das glândulas mucosas, muito comuns em recém nascidos. Clinicamente se apresentam como pequenos carocinhos no "céu da boca", o que pode assustar muitas mães.




Mas é fato que elas são completamente indolores e inofensivas. Costumam desaparecer por descamação após poucas semanas. Sendo assim, nenhum tratamento é necessário. Elimine as outras e marque Letra A, sem medo!

DICA: "Odontopediatria na Primeira Infância" de Maria Salete Nahás P. Correa e Cols.


Bibliografia:
 Cysts of the oral region. São Paulo: Ed. Santos, 1989.
SHEAR, M.