terça-feira, 23 de novembro de 2010

Prótese fixa e distância biológica periodontal

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT 2003

Pergunta: Durante a confecção de um preparo para coroa metalocerâmica
no dente 26, observa-se que o término cervical
distal encontra-se a 0,5 mm da crista óssea. Visando a
saúde periodontal, deve-se realizar


(A) gengivectomia interna para permitir uma correta
adaptação da coroa nesta região.

(B) a moldagem do dente com casquete, pois esta
distância não interfere no tratamento restaurador.

(C) a confecção de uma restauração provisória bem
adaptada para que esta direcione e afaste a gengiva
nesta região.

(D) raspagem e alisamento corono-radicular da região
para recuperar a integridade marginal da área do
"col".

(E)) cirurgia periodontal com osteotomia para recuperação
da distância biológica.


Resposta Comentada:


Para responder essa questão precisamos estudar um pouco de distâncias biológicas aplicadas em prótese. Lembram disso? Dr Claudio Gaspari vai refrescar sua memória.

Considera-se como distância biológica o espaço entre a crista óssea alveolar e o fundo do sulco gengical histológico. Apesar de ocorrerem variações, convencionou-se a distância de 3 mm como sendo a saudável. Distância mínima aproximada dos términos cervicais de restaurações ou próteses para não haver injúrias no periodonto.




As medidas médias são de 0.69mm para o sulco gengival, 0.97mm para o epitélio juncional e 1.07 para a inserção conjuntiva. Arredondamos para 3mm.

A pergunta diz que o término do preparo protético está a 0,5mm da crista óssea. Ou seja, devemos fazer algo para recuperar essa distância biológica.

A letra A diz que devemos fazer uma gengivectomia. Ora! A gengivectomia vai remover tecido gengival, mas não vai conseguir aumentar a distância entre o preparo e a crista óssea. O problema não é excesso gengival. Falsa!

A letra B diz que já podemos passar para a fase de moldagem, pois a distância é aceitável. Errado. Já deixamos claro que o preparo invade a distância biológica.

A letra C diz que a confecção de um provisório direcionando e afastando a gengiva pode resolver o problema. Falso.Condicionar a gengiva não vai reestabelecer distâncias biológicas.

A letra D diz que devemos fazer uma RAR na área do col (tecido gengival não queratinizado interdental)... Isso também não resolve nosso problema. Falso.

A letra E diz que devemos recuperar a distância biológica fazendo uma cirurgia de aumento de coroa clínica, que consiste não só na adaptação gengival, como na osteotomia (remoção óssea) até que a distância entre o término cervical e a crista óssea fiquem num nível aceitável. Achamos nossa resposta correta!


DICA: "Fundamentos de Prótese Fixa" Shillingburg Jr, Herbert T.; Hobo, Sumiya; Whitsett, Lowell D.; Jacobi, Richard; Brackett, Susan E.

Bibliografia:

http://www.uepg.br/propesp/publicatio/bio/2000/07.pdf

http://odontogeral.kit.net/anatomiadagengiva.html

sábado, 20 de novembro de 2010

Diagnóstico de pulpite!

Questão da NE consultoria - Prefeitura Municipal dos Palmares 2007


Pergunta: Paciente jovem, com 12 anos, apresenta uma cárie profunda com exposição da câmara pulpar no elemento 26. O processo não dói, mesmo ao toque, embora sangre facilmente. O provável diagnóstico é:

a) pulpite crônica hiperplásica
b) pulpite crônica ulcerativa
c) pulpite reversível
d) pulpite irreversível
e) pulpite de transição


Resposta Comentada:

Já vi essa mesma questão em uns 4 ou 5 concursos diferentes. Então vamos conhecê-la bem.

Basicamente temos que ter um conhecimento de diagnóstico, especificamente a diferenças entre as Pulpites, já que todas as alternativas são deste tipo. Então vamos lá!

As Pulpites são basicamente processos inflamatórios da polpa vital. Importante deixar claro que elas não são doenças diferentes e sim diferentes estágios evolutivos da mesma doença.

O mais brando se chama Hiperemia ( Pulpite focal reversível). Nesse caso a polpa reage a um agente agressor aumentando a corrente sanguínea na região. A inflamação é pequena, a polpa aumenta de volume no confinado espaço da câmara pulpar e causa dor. Se o estímulo agressor cessar, a condição retorna a normalidade sem deixar sequelas. Ou seja, é um quadro reversível.

Se o estímulo agressor não cessa, a condição já se agrava para uma inflamação mais intensa, e irreversível. A fase intermediária entre os processos reversíveis e irreversíveis, pode ser chamada de Pulpite de transição, pois exibe características dos dois tipos.

Entrando no quadro irreversível, ela pode ser de dois tipos: Aguda ou crônica.

Pulpite Aguda: Neste caso a polpa não possui contato com o meio exterior. Assim a pressão interna, causada pelos exsudatos provenientes da inflamação, causa uma dor forte no paciente que não é resolvida com analgésicos (apenas abrandada). A morte pulpar ocorre com maior rapidez.

Pulpite crônica: Neste caso existe contato da polpa com o meio exterior. É uma forma de pulpite assintomática, pois como não existe confinamento, os exsudatos da inflamação são drenados para o meio bucal e não comprime a polpa. O processo de mortificação acontece mais lentamente. Pode ser subdivida em dois tipos.

1) Pulpite crônica ulcerativa: Neste caso a polpa exposta no meio bucal é acometida por uma úlcera de aspecto granuloso com fácil sangramento. Abaixo da úlcera temos uma barreira leucocitária e, mais abaixo, tecido com aspecto de normalidade.

2) Pulpite crônica hiperplásica: Acomete com maior frequência molares jovens com grande exposição da câmara pulpar. A polpa dental fica hiperplasiada e apresenta aspecto de pólipo de cor avermelhada. Também apresenta fácil sangramento.



Pronto. Com essa revisão, vamos tentar responder. O enunciado diz que existe exposição da câmara pulpar. Aí já eliminamos a alternativa C, pois não pode ser um quadro reversível. Sendo assim é irreversível e a letra C está correta.

Mas se você marcar essa, vai perder o ponto. Estamos numa daquelas questões onde é necessário marcar a "mais correta". A letra C está certa, mas não é a mais específica.

O enunciado diz que não dói mesmo ao toque, embora sangre facilmente. Esse quadro é compatível com a letra A e B. Como ele não dá mais descrições e nós não podemos ver o dente para ver a cara da polpa, temos que nos basear nos outros detalhes.

O Paciente é jovem e o dente acometido é um molar. E como vimos na nossa revisão, a Pulpite crônica hiperplásica é mais frequente nesse tipo de caso. Sendo assim a resposta mais correta é a letra A.

Na minha humilde opinião essa questão caberia recurso, pois várias alternativas estão compatíveis com um possível diagnóstico. Mas ela é importante para que a gente revise o assunto!

DICA: "Urgências em Endodontia" Manoel Eduardo de Lima Machado

Bibliografia:

www.forp.usp.br/restauradora/polpa.htm

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O que vem a ser ULOTOMIA?

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT  2003

Pergunta: A ulotomia consiste em

(A) curetagem visando à eliminação de osso necrosado,
indicada em casos de osteomielites dos maxilares.

(B) remoção cirúrgica do freio labial inferior, com
inserção anormal na parede alveolar, provocando
retração gengival.

(C) obtenção cirúrgica de um fragmento tecidual,
indicada em lesões com suspeita de malignidade,
como medida preventiva do câncer bucal.

(D)) remoção cirúrgica da mucosa sobreposta a um
dente não irrompido, indicada em caso de atraso na
erupção sem causa aparente.

(E) remoção cirúrgica do freio labial superior, com
inserção baixa na parede alveolar, provocando um
diastema entre os incisivos centrais.


Resposta comentada:

Vamos a mais uma questão de cirurgia. Agora em debate, a Ulotomia. O que vem a ser e quais as indicações?

A Ulotomia é um procedimento cirúrgico simples que consiste numa pequena incisão na mucosa que recobre um dente permanente não irrompido.

É indicado quando o cirurgião dentista detecta um atraso na erupção da unidade permanente e diagnostica o problema como sendo causado por uma resistência maior da gengiva.

Com a Ulotomia, o processo de erupção é liberado.

Com essas informações, podemos marcar a letra D, como verdadeira!



Mas e as outras?

A letra A trata do processo de curetagem do osso necrosado em osteomielites (uma inflamação dos ossos e medula). Essa cirurgia é chamada de curetagem, mesmo.Não tem outro nome específico.

A letra B fala da remoção cirurgica do freio labial inferior...O nome dessa cirurgia é "frenectomia".

A letra C descreve o processo das "biópsias", cirurgia cujo objetivo é remover parte ou totalidade de lesões para estudo de malignidade.

A letra E tmbém descreve uma "frenectomia", mas no freio labial superior.

Bibliogafia:

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20081014141744AA6iEP8

http://www.odontologiainfantil.8m.com/publicacoesa23.htm

Sobre endodontia de dentes decíduos...

Questão da Cesgranrio - Petrobrás 2008

Pergunta: Com relação ao tratamento endodôntico de dentes decíduos, é correto afirmar que


a) brocas Largo para a limpeza e modelação dos canais radiculares são as mais indicadas.

b) condutos radiculares destes dentes devem ser selados com guta-percha plastificada.

c) pastas obturadoras com formocresol devem ser usadas em dentes com polpa não vital.

d) dentes tratados endodonticamente devem receber restaurações provisórias por, no mínimo, três anos.

e) pasta KRI apresenta como componente o iodofórmio e tem alta taxa de reabsorção, em sincronia com a raiz decídua.


Resposta Comentada:

Vamos comentar cada alternativa. A primeira trata das brocas de largo. Essas são usadas com o objetivo de melhorar o afunilamento do canal após a intrumentação ou para desobstruir parte da guta-percha durante o preparo para pino intracanal. Ela deve ser usada exclusivamente em dentes permanentes. Ou seja, nada de Largo em decíduos.


Brocas Largo
A segunda alternativa erra por causa do "deve". A guta percha não é um material usado em obturações de canais de decíduos. Lembrem: As raizes das unidades decíduas vão se reabsorver com o tempo. Mesmo que o dentista conseguisse travar o cone, a guta-percha não acompanharia essa reabsorção e ficaria totalmente aquem do ápice. O uso da guta como selador é usado apenas em casos de unidades decíduas que necessitam pinos intracanais como reforço de reconstruções. E mesmo assim, a endodontia é feita com pastas obturadoras convencionais para decíduos, como a Guedes-Pinto por exemplo. A Guta, quando usada, selaria o terço cervical. Ou seja...A guta não "deve"... ela "pode" ser usada como selador.


Vamos para a próxima. O Formocresol é uma mistura de formol e cresóis (como o próprio nome diz) e possui ação fixadora da polpa vital. Assim é usada com mais frequência em casos de pulpotomia. Existem pastas obturadoras contendo formocresol na fórmula, mas também apenas em casos de endodontia de decíduo com polpa viva.



Vamos para a letra D. Essa é tão esdrúxula que a gente elimina em menos de um segundo. Manter uma restauração provisória por 3 longos anos? As vezes obturações definitivas não duram isso com pacientes "porcões", imagine uma restauração provisória!!!

A letra E fala da pasta KRI, usada em obturações de decíduos. Essa pasta contém na sua fórmula o iodofórmio (além de PMCC e mentol).Uma boa característica é a rápida dissolução, inclusive quando estravasa. Assim acompanha a reabsorção radicular. Questão verdadeira!!!


Bibliografia:
http://www.forp.usp.br/restauradora/endodontia/temas/instrumental/instrumental_motor.html

http://redalyc.uaemex.mx/pdf/929/92960110.pdf

http://www.maquira.com.br/ver_produto.php?id=23

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Considerações sobre a doença cárie

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT 2003

Pergunta:Com relação a cárie dentária, é INCORRETO afirmar que

(A) a cárie é atualmente reconhecida como uma doença
infectocontagiosa de caráter multifatorial e usualmente
crônica.

(B) o consumo freqüente e imoderado de sacarose
pelas crianças favorece a colonização e dominância
dos estreptococos do Grupo Mutans na placa
bacteriana.

(C) os aspectos clínicos característicos associados às
lesões cariosas incluem amolecimento da dentina e
do esmalte, descoloração dos tecidos dentários e
cavitação.

(D) as lesões cariosas resultam de dissolução gradual
das estruturas dentárias por ácidos metabólicos
provenientes da placa bacteriana.

(E)) os padrões de ingestão alimentar e higiene bucal do
indivíduo não têm importância quando se avalia os
mecanismos de desmineralização e remineralização.


Resposta Comentada:


Questão babaca à vista! A doença cárie é tão discutida nas faculdades que duvido que alguém erraria esta  por falta de informação. Você pode até errar por falta de atenção ou nervosismo, mas nunca por não saber a resposta correta.

Qual das alternativas apresenta uma afirmação Incorreta sobre a cárie? Dr. Claudio Gaspari vai te ajudar em mais essa:

A letra A diz que a cárie é infecciosa (sim...pode ser transmitida por infecção bacteriana), multifatorial ( dieta, hospedeiro, microbiota, tempo) e usualmente crônica (na maioria dos casos apresenta crescimento lento, cor acastanhada). Afirmativa verdadeira!

A letra B trata da interação entre dieta, microbiota e tempo. Afirma que o consumo frequente de sacarose acaba por criar uma dominancia dos EGM na placa bacteriana. Sabemos que a sacarose é o principal substrato dos S. Mutans na formação de ácido. Com este, o Ph se reduz a um nível que favorece a predominância desses microorganismos e dificulta a prevalência de outros. Afirmativa correta!



A letra C trata das características clínicas da cárie. Sabemos que existe uma desmineralização dos tecidos dentários. Essa condição leva a uma coloração diferenciada em relação a um tecido sadio e  um amolecimento dos constituintes minerais (esmalte e dentina). Amolecendo, uma cavitação é uma consequência no caso de uma manutenção do quadro patológico. Afirmativa verddeira.

A letra D comenta que  as lesões cariosas resultam de dissolução gradual das estruturas dentárias por ácidos vindos da placa bacteriana. Sabemos que a cárie realmente surge quando existe um desequilíbrio entre o poder de mineralização e desmineralização dos tecidos dentários tendendo para o último. E esse desequilíbrio é precipitado por uma diminuição do Ph causado pelos ácidos resultantes dos produtos finais do metabolismo da sacarose pelos EGM. Alternativa verdadeira.

Como as anteriores  são verdadeiras, a lógica é que essa última seja falsa. Vamos verificar?

Ela diz que a dieta e higiene nada tem a ver com o processo da cárie. Preciso mesmo explicar por que essa alternativa é falsa? Achamos nossa resposta. Letra E!

Bibliografia:

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/15415/000678055.pdf?sequence=1

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Como se denomina o encaminhamento de pacientes a um atendimento de maior complexidade?

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT 2003


Pergunta: O encaminhamento de pacientes a um atendimento de
maior grau de complexidade é denominado

(A) referência.

(B) contra-referência.

(C) acesso universal.

(D) eqüidade.

(E) hierarquização.


Resposta Comentada:

Uma questão de conceitos e relativamente fácil. Quem já trabalhou no serviço público mata essa rapidamente. Quem não trabalhou também não tem muita dificuldade, se pensar um pouco.

Vamos lá. Como podemos matar essa na lógica através de um conceito que já é senso comum?

Imagine um hospital que só trata especificamente de câncer oral. Ele é o maior e mais conceituado da região. Sempre que alguém precisa encaminhar um caso mais complicado, acaba enviando pra lá, por que ele é considerado um centro de??? REFERÊNCIA. Acho que todos já ouviram falar que determinado local é considerado centro de referência de alguma coisa.

Sendo assim, Dr. Claudio Gaspari acaba de te dar mais uma dica! A letra correta é a letra "A".

Mas vamos comentar sobre cada alternativa e descobrir por que eles são falsas.

Se a referência é o encaminhamento de um paciente para um centro de atendimento de maior complexidade, a contra referência seria a via oposta. O re-encaminhamento do paciente para o solicitante após o devido tratamento no centro de referência.

As alternativas seguintes tratam de Princípios básicos do SUS (Sistema único de Saúde).



Acesso Universal e Equidade são princípios doutrinários e Hierarquização, um princípio de organização.

O princípio da Universalidade (acesso universal)diz que todo cidadão tem garantia de atenção a saúde por parte do sistema.

A Equidade diz que todo cidadão é igual perante ao SUS e deve ser atendido sem privilégios e sem barreiras até o limite que o sistema puder oferecer a todos.

A Hierarquização é um princípio de organização que separa em diferentes níveis os setores de atenção à saúde. No nível primário, temos a atenção básica. É a porta de entrada do cidadão no sistema de saúde. O nível secundário seriam as emergências e urgências, além das consultas especializadas. Por fim, o nível terciário seriam hospitalizações e procedimentos de alta complexibilidade.


Bibliografia:

http://www.webartigos.com/articles/34116/1/Importancia-das-guias-de-referencia-e-contra-referencia-para-usuarios-e-sistema-de-saude/pagina1.html

http://www.geosc.ufsc.br/babcsus.pdf

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Norma clássica para um atestado clínico.

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT 2003

Pergunta: Segundo as normas clássicas, um atestado clínico deve
conter, necessariamente,

(A) qualificação do profissional, cabeçalho, local e data,
identificação do paciente, notificação compulsória e
conclusão.

(B) identificação do paciente, local e data, diagnóstico,
estado mórbido, codificação internacional de
doenças e recomendações finais.

(C) cabeçalho, identificação do paciente, diagnóstico,
período de licença, credenciais do profissional e
assinatura.

(D) identificação do paciente, qualificação do profissional,
estado mórbido e laudo de capacidade para o
trabalho.

(E)) qualificação do profissional, qualificação do paciente,
fim a que se destina, estado mórbido, conclusão,
data e assinatura.


Resposta Comentada:

Essa muita gente erraria, pois nem sempre os atestados odontológicos padrões estão corretos no que diz respeito a norma clássica. Além disso, as alternativas são muito parecidas e algumas possuem um estilo de pegadinha. Amigos! Saibam bem diferenciar o que pode e o que deve. Alguns exemplos podem conter num atestado, mas não necessariamente devem conter.

Mas Dr. Claudio Gaspari vai deixar você preparado para esse tipo de questão.

Primeiro, vamos para a definição:

Atestado é uma afirmação, simples e por escrito, de um fato e suas conseqüências, em outras palavras, é um documento emitido pelo profissional com a função de atestar, no setor de sua responsabilidade, estados mórbidos e outros, inclusive para justificativa de falta ao emprego.

Um atestado acaba sendo um documento de suma importância, sendo usado muitas vezes em processos judiciais.

Assim sendo, é interessante que siga certas normas para padronização.

Basicamente um atestado clínico é composto por quatro partes: Cabeçalho, qualificação do examinado, descrição do fato e conclusão.

Cabeçalho (também chamado de preâmbulo) é o local onde está descrito a qualificação profissional e o fim a que se destina o documento;

A Qualificação do examinado são os dados do paciente como nome, rg, etc;

A Descrição do fato é onde o profissional descreve a existência ou não de um estado mórbido;

OBS: Estado mórbido = doença / Estado hígido = Saúde

A Conclusão é o espaço onde o profissional libera ou não o paciente à realização de atividades e onde fazemos o registro (data e assinatura)



Agora que sabemos o que deve conter necessariamente num atestado clínico, vamos ver as alternativas:

A letra A faz uma misturada de coisas e, entre elas, coloca "notificação compulsória". Falsa! A notificação compulsória já é outro tipo de documento, pouco usado pelos cirurgiões dentistas, onde certas doenças devem ser comunicadas às autoridades locais para fim de registro e planejamento de ações interventivas para o combate dessas doenças.

A letra B peca pela falta do cabeçalho. Ele é obrigatório. Não cita em nenhum momento a qualificação profissional nem a finalidade.

A letra C até chegou perto, mas errou por tentar ser específico.Um atestado pode definir um período de licença, mas não necessariamente deve conter um período de licença. E se o paciente não precisar se ausentar às suas atividades? Poder e dever são coisas completamente diferentes. Além disso o registro está incompleto. Cadê a data? Vale para qualquer dia?

A letra D também chegou perto, mas errou feio por que deu como obrigatório um laudo de capacidade para o trabalho. E se finalidade for escolar? Também não citou o registro.

Já a letra E possui todos os itens necessários, sendo nossa resposta correta!

DICA:  "Compendio de Odontologia Legal" de Moacyr da Silva

Bibliografia:

http://www.praticaclinica.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=158:documentos-clinicos&catid=55:artigos-giorgia&Itemid=187

O que deve informar um programa de prevenção e controle de câncer de boca?

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT 2003

Pergunta: Um programa para a prevenção e o controle do câncer de
boca deve informar que


(A) a remoção de lesões precursoras do câncer, como
hipoplasias, deve ser feita precocemente.

(B) a identificação precoce do carcinoma espinocelular
reduz as probabilidades de sucesso no prognóstico
do caso.

(C) o fumo e o álcool apresentam efeito sinérgico como
fatores de risco para o câncer bucal.

(D) o auto-exame da boca tem objetivo de detectar anormalidades
na mucosa jugal que representem risco para a marsupialização da lesão.

(E) a cor da pele deve ser observada, uma vez que a presença de melanina torna o indivíduo mais suscetível à enfermidade.


Resposta Comentada:




Questão sobre prevenção de câncer bucal. Vamos analisar cada alternativa para descobrir qual delas é importante para a informação. Uma questão cheia de pegadinhas. Mas não se preocupem, pois Dr. Claudio Gaspari não vai deixar você cair nelas!

A primeira diz que a remoção de lesões precursoras de câncer devem ser feitas precocemente...Sim...Isso é verdade. Mas a pegadinha foi o exemplo que ele usou: "Hipoplasia". Ora! De forma leiga, todo mundo sabe que o "câncer cresce". A hipoplasia é uma diminuição da formação de tecidos orgânicos. Sendo assim, não é característico do câncer. Se a palavra fosse "Hiperplasia" (aumento do número de células num órgão ou tecido), aí sim seria uma alternativa correta! Falsa!

A segunda diz que a identificação precoce do carcinoma espinocelular "REDUZ" (olha a pegadinha) as probabilidades de sucesso no prognóstico do caso. Ora! Nem precisava comentar, mas todos sabem que quanto mais precocemente se identifica um carcinoma (ou qualquer doença), melhor prognóstico teremos. Alternativa falsa!

A terceira diz que o fumo e o álcool apresentam efeito sinérgico como fatores de risco para o câncer bucal. Quando dizemos que duas substâncias são sinérgicas, significa que a combinação delas potencializa seus efeitos quando usadas de forma individual. Sabemos que o fumo e o álcool são realmente fatores de risco. E sim! Combinados, possuem efeito sinérgico. Essa parece ser nossa alternativa correta. Mas vamos ver as outras.

A letra D parece samba do criolo doido. Diz que devemos fazer o auto exame para identificar anomalias na mucosa jugal que representem risco para a marsupialização(????) da lesão. Amigos... Marsupialização é um tipo de cirurgia realizada no tratamento de cistos que consiste em remover uma pequena parte da parede do cisto, suturando suas bordas com a pele adjacente. O auto-exame é uma tecnica que ensinamos aos pacientes para que identifiquem qualquer coisa estranha que apareça na boca. O objetivo é fazer com que identifiquemos lesões de forma precoce. E o paciente lá sabe o que é marsupialização???? Falsa!

A letra E diz que a melanina torna o indivíduo mais suscetível ao câncer bucal. Na verdade a coisa funciona ao contrário. A melanina é um fator protetor, pois acaba sendo uma barreira física contra raios ultravioleta, este último, fator de risco paa o câncer bucal. Falsa!

Então realmente ficamos com a Letra C, nossa alternativa correta.





Bibliografia:

http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_10961.php

http://www.colgateprofissional.com.br/LeadershipBR/NewsArticles/NewsMedia/1PremioColgateProfissional_1.pdf

http://www.cro-pe.org.br/revista/v9n2/6.pdf

http://www.pmf.sc.gov.br/saude/inf_saude/tabagismo/cancer_de_boca_manual_inca.pdf

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Qual o tratamento conservador para escurecimento dental com tratamento endodôntico satisfatório?

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT 2003

Pergunta:Paciente do sexo feminino, 25 anos de idade, apresenta
queixa de escurecimento do dente 11 há aproximadamente
1 ano. Clinicamente observa-se apenas uma
restauração satisfatória de resina composta na face
palatina. O exame radiográfico mostra tratamento
endodôntico satisfatório e material obturador atingindo a
câmara pulpar. A possível causa do escurecimento e o
tratamento conservador para recuperar a cor deste dente
são, respectivamente,

(A) tratamento endodôntico e faceta de porcelana.
(B) material na câmara pulpar e faceta de porcelana.
(C) material na câmara pulpar e faceta de resina
composta.
(D)material na câmara pulpar e clareamento.
(E) tratamento endodôntico e clareamento mediato.

Resposta Comentada:



E aí, Dr. Claudio Gaspari? Como respondemos essa? Primeiro vamos analisar o caso com cuidado. Unidade com coroa escurecida, tratamento endodôntico satisfatório, restauração satisfatória clinicamente, mas com preenchimento de material obturador na câmara pulpar.

Primeiro vamos tentar descobrir o que provavelmente causou o escurecimento. Quais são as causas mais comuns de escurecimento dental pós tratamento endodôntico?

Hemorragia dental: Você fez o acesso de um dente bio e, após pulpectomia, não conseguiu controlar bem o sangramento. Preferiu selar o dente provisoriamente e continuar o tratamento em uma sessão seguinte. Sabemos que a hemoglobina contém ferro em sua constituição. Este, após degradação da célula da hemoglobina, passa por processos químicos formando sulfeto ferroso que pode penetrar nos túbulos dentinários, oxidando e manchando a dentina. Literalmente "enferrujando" o dente.

Necrose pulpar: Durante a decomposição da polpa, vários pigmentos são liberados, penetrando nos túbulos dentários e manchando a unidade. Quanto mais tempo, mais escurecido fica.

Abertura da câmara pulpar insuficiente: Você fez o acesso para a endodontia, mas acabou deixando parte do teto da câmara pulpar. Esse descuido faz com que materiais (resto de tecido pulpar, sangue...) se acumulem, por retenção, nesses espaços causando manchamento.

Material obturador na câmara pulpar: Estamos nos referindo ao material da obturação do conduto (cimento endodôntico, guta percha...) e não necessariamente a material de dentística obturadora (resina). Se bem que o amálgama também pode manchar quando íons metálicos penatram nos túbulos. O material endodôntico, quando não removido da câmara pulpar, pode penetrar nos túbulos, manchando a unidade. Principalmente quando associados a iodofórmio ou prata.


Agora que já discutimos isso, vamos para a primeira pergunta: Qual a causa do escurecimento na questão? Ora, pela descrição do caso, observamos que a causa próvável é o material obturador na câmara pulpar. Novamente é bom frizar que ele se refere ao material obturador endodôntico e não ao material obturador de dentística, pois deixa claro que a resina está satisfatória (e resinas não costumam ser causas frequentes de manchamento).

Assim ficamos com as letras B,C e D, eliminando as A e E, pois essas últimas fazem referência ao tratamento endodôntico em sí e não ao específico "acúmulo do material obturador na câmara".

Em seguida temos que optar por um tratamento para resolver o problema do manchamento. As opções que temos nas alternativas são "faceta  de porcelana", "faceta de resina composta", "clareamento" e "clareamento mediato". Todas elas são possibilidades de tratamentos estéticos.

Só que o enunciado especifica: "tratamento conservador". Para realizar facetas, sejam de porcelana ou resina composta, devemos realizar desgastes na face vestibular da unidade , removendo tecido dentário muitas vezes sadio. Já os clareamentos, sejam mediatos (quando o material clareador fica na câmara pulpar entre as sessões) ou imediatos (o material clareador só fica na câmara pulpar durante a sessão), são mais conservadores pois não exigem remoção de tecido dentário.

Tendo essas informações, a resposta só pode ser letra D.

Bibliografia:

http://www.dentalreview.com.br/nova/dicas.php?news_id=18&acao=ler

http://www.patologiaoral.com.br/endo/clareamento.htm

domingo, 7 de novembro de 2010

Como prevenir a cárie dental?

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT 2003

Pergunta: A cárie dentária ocorre como resultado da interação de
três fatores: dieta, microbiota e hospedeiro, ao longo do
tempo. A prevenção se baseia na interrupção da cadeia
de eventos que promovem a cárie, o que pode ocorrer por
meio de

)
(A) alteração do hospedeiro, tornando-o mais suscetível.
(B) alteração do substrato, adotando uma dieta rica em
sacarose.
(C) modificação do hospedeiro, reduzindo o pH do meio
bucal.
(D) reforço da flora bacteriana cariogênica, tornando-a
mais suscetível.
(E)reforço do esmalte dental, tornando-o menos suscetível.

Resposta Comentada:



O texto começa relatando a tríade básica da cariologia (Tríade de Keyes): hospedeiro, microbiota e dieta. Como a doença cárie é multifatorial, para previni-la, temos que agir em todos esses três níveis.

O que a pergunta quer de nós é saber qual dos eventos citados nas alternativas, deve ser realizado para previnir a cárie dental.

A letra A diz que devemos deixar o hospedeiro mais suscetível. Ridículo. Falso!

A letra B diz que devemos adotar uma dieta rica em sacarose. Sabemos que a sacarose é um dos açucares mais cariogênicos. Ou seja, falsa!

A letra C diz que devemos reduzir o PH do hospedeiro. Ora, sabemos que no PH baixo a seleção e adaptação de bactérias acidúricas resulta numa maior produção ácida e, assim, maior cariogenicidade. Falsa!

A letra D diz que devemos reforçar a flora bacteriana cariogênica. Coisa de gênio... Vamos reforçar as bactérias cariogênicas para previnir a cárie...Faaaaalso!

Só sobrou a letra E. Reforço do esmalte dental deixando-o menos suscetível. Chegamos a nossa alternativa correta!


Bibliografia:

http://www.forp.usp.br/restauradora/mcserra/aboprev/j5_7.html

O que o dentista não necessita se preocupar em relação ao controle da infecção?

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT 2003

) Pergunta: O controle da infecção na prática odontológica obedece a
alguns princípios básicos. Os profissionais NÃO
necessitam

(A) evitar a propagação de microrganismos.
(B) tornar seguro o uso de artigos e superfícies.
(C)evitar contato direto com matéria inorgânica.
(D) tomar medidas para proteger a sua saúde e a de sua
equipe.
(E) evitar contato direto com matéria orgânica.


Resposta Comentada:

Essa questão faz parte da categoria das "questões babacas". É tão boba que você pode errar por descuido. Mas vamos lá!

O que o dentista NÃO necessita fazer para controlar a infecção no consultório?



A letra A diz que o dentista não deve se preocupar em propagar microorganismos. Ele deve espalhar bactéria pra todo lado! É legal ficar jogando bactéria em todo mundo!!! Claro que não! Falsa!

A letra B diz que o dentista não necessita tornar seguro o uso de artigos e superfícies. Pra que segurança? Legal é fazer odontologia de risco! Falsa!!!

Letra C: O dentista não necessita evitar contato com matéria inorgânica. Ora...A luva é feita de material inorgânico. Devemos evitar contato com a luva? Uma caneta também. Qualquer coisa que não seja de origem animal ou vegetal é de origem inorgânica. Acredito que essa alternativa seja a correta. Mas vamos ver as outras.

A letra D diz que o Dentista não deve tomar medidas para proteger a sua saúde ou da sua equipe. Ele pode pouco se lixar pra segurança. Segurança é coisa para os fracos! Falsa!

A letra E diz que o dentista não deve evitar contato com matéria orgânica. As matérias orgânicas são de origem animal ou vegetal. Ele diz que não devemos evitar contato com saliva, sangue, secreções purulentas! Vamos meter a mão em tudo! Falsa.

É...A letra C é realmente a verdadeira!

Fiquei até com vergonha de postar essa questão ridícula, mas...

Bibliografia:

http://www.higieneocupacional.com.br/download/biosseg-odonto.pdf

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Considerações sobre a Fluoretação da água segundo M. M. Chaves

Questão da Cesgranrio - Petrobrás 2008


Pergunta: Segundo M. M. Chaves, com relação à fluoretação da água de abastecimento, é correto afirmar que

(A) é uma medida classificada como sendo do 3o nível de
prevenção de cárie.

(B) é o segundo melhor método de prevenção da cárie,
perdendo apenas para a fluoretação escolar.

(C) o máximo efeito inibidor do flúor é permanente, mesmo
com a interrupção da fluoretação da água.

(D) o nível ótimo de prevenção é obtido com a adição de
1000 ppm de flúor em água com nenhuma quantidade de
flúor.

(E) quando o nível ótimo de concentração de flúor na água é
obtido, a redução na incidência da cárie é de cerca de 60%.

Resposta Comentada:



Então vamos lá! Vamos comentando cada alternativa até achar a correta:

A letra A fala sobre níveis de prevenção à cárie. Ela está incorreta, pois a fluoretação da água de abastecimento se encontra na categoria de Prevenção Primária, estando tanto no primeiro nível de prevenção de cárie (promoção de saúde) como no segundo nível (Proteção específica). Recomendo a leitura dessa questão (clique aqui) para um melhor compreendimento dos níveis de prevenção de cárie.

A letra B também é falsa. Pensem comigo. O que é melhor: A fluoretação da água de abastecimento que consegue atingir toda a população, independente de idade, classe social ou educacional e independe de esforços de pais e educadores ou fluoretação escolar que só atinge uma parcela da população em idade escolar?

A  letra C não podia ser mais falsa. Já pensou? Se fosse assim, em um determinado momento ninguém teria mais cárie pois teria um estoque de flúor na boca.

Putz! A letra D exagerou. Olha só: 1ppm de fluor ná agua significa 1 mg por litro. A portaria n36 do Ministério da Saúde considera o valor ótimo residual de flúor ,em média, de 0,7 mg por litro. Imagine que a alternativa diz que o ideal é 1000 ppm...Ou seja: 1000 mg por litro! Faaaaalsa! 1000 ppm de flúor é a quantidade mínima usada em cremes dentais e não na água de abastecimento.

Sendo assim só sobrou a letra E para ser a verdadeira. E sim! Ela está correta! Segundo M.M. Chaves, quando a concentração de flúor na água está num nível ótimo, a redução da cárie dental é de 60%!

Bibliografia:

http://www.upf.br/download/editora/revistas/rfo/12-03/4.pdf


Chaves MM, Frankel JM, Mello C. Fluoretação de águas de
abastecimento público para prevenção parcial da cárie dentária.
Revista APCD 1953; 7(2):27-33.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quais as localizações das Pérolas de Epstein, Nódulos de Bohn e Cistos da Lâmina Dentária?

Questão da AOCP - Prefeitura Municipal de Salgueiro 2010

Pergunta: Alguns bebês podem apresentar pequenas lesões brancas na mucosa, que foram nomeadas dependendo de sua localização e de sua origem.
Relacione as duas colunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que contém a sequência correta e o tratamento indicado para estas lesões.

I. Pérolas de Epstein
II. Nódulos de Bohn
III. Cistos de Lâmina Dentária
( ) Crista dentária das arcadas inferior e
superior.
( ) Faces vestibular e lingual das cristas
dentárias.
( ) Rafe média palatina.


(A) III – II – I, biópsia.
(B) III – II – I, nenhum tratamento é indicado.
(C) II – III – I, biópsia.
(D) II – III – I, nenhum tratamento é indicado.
(E) I – II – III, biópsia.

Resposta Comentada:

Para responder vamos a uma revisão básica dessas lesões. Todas elas são chamados de "Cistos de inclusão" ou "Microqueratocistos". 75 a 80% dos recém nascidos apresentam essas lesões. São benignas e diferem basicamente pela localização.

As Pérolas de Epstein se localizam ao longo da rafe palatina.

Os Nódulos de Bohn se localizam na porção bucal e lingual das cristas dentárias e palato duro (longe da rafe mediana) na arcada superior.


Nódulo de Bohn

Os Cistos de lâmina dentária se localizam nas cristas dentárias das arcadas inferiores e superiores.

Todas elas costumam desaparecer em poucos meses por descamação. Sendo assim, nenhum tratamento é necessário.

Com essas informações, temos a sequência como III II I, nenhum tratamento é indicado. Letra B!

DICA: "Odontopediatria na Primeira Infância" de Maria Salete Nahás P. Correa e Cols.

Bibliografia:
http://www.actiradentes.com.br/revista/2007/textos/5RevistaATO-Nodulos_de_Bohn-2007.pdf

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Qual penicilina é resistente à penicilinase?

Questão da Cesgranrio - Odontologia Petrobrás 2010

Pergunta: Uma penicilina resistente à penicilinase é a: 
  1. Fenoximetilpenicilina potássica.
  2. Benzilpenicilina potássica.
  3. Vancomicina.
  4. Dicloxacilina.
  5. Doxiciclina

Resposta comentada:

Vamos relembrar um pouco das características da penicilina para responder essa questão, caro dentista?

A penicilina é um antibiótico beta lactâmico ( possui na sua estrutura química um anel beta lactâmico) que interfere na síntese da parede celular bacteriana. A penicilina se liga a um receptor na membrana interna da célula (proteína PBP) afetando a transpeptidação (fase da síntese de proteína), fazendo com que a membrana celular deixe de ser produzida, literalmente explodindo a bactéria!





Agora vamos falar sobre penicilinases. A penicilinase é uma beta-lactamase...Ou seja, uma enzima que quebra o anel betalactamico. Assim a molécula de penicilina é quebrada e deixa de funcionar. Algumas bactérias possuem essas enzimas e são resistentes a antibióticos que possuem o anel beta lactâmico na estrutura química.

Para resolver esse problema e enfrentar essas bactérias, foi criado um novo tipo de penicilina, modificando sua estrutura química (mais especificamente, na cadeia lateral) e inibindo a ação da beta-lactamase.

As mais comuns são: Meticilina, Oxacilina, Naficilina, Cloxacilina, Dicloxacilina.

A mais utilizada entre elas é a Oxacilina, pois é mais disponível comercialmente.

Após essas explicações podemos ir direto na Letra D, Dicloxacilina, nossa alternativa correta.

E as outras alternativas? Bom...A Fenoximetilpenicilina potássica é mais conhecida por nós como Meracilina ou penicilina V. Faz parte do grupo das penicilinas naturais e não é resistente à penicilinase.

A Benzilpenicilina potássica é mais conhecida como penicilina G e também faz parte do grupo das penicilinas naturais. Não é resistente à beta-lactamase.

A Vancomicina nem é uma penicilina. Só por aí já eliminamos essa alternativa. De qualquer forma é bom saber que a Vancomicina é um antibiótico resistente às beta-lactamases.

A Doxiciclina também não é uma penicilina. É uma tetraciclina.



Bibliografia:
http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=24&id_detalhe=651&tipo_detalhe=s

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Qual a ação primária dos anestésicos locais no bloqueio da condução?

Questão da fundação Carlos Chagas - TRT Analista Judiciário


Pergunta: A ação primária dos anestésicos locais na produção de
um bloqueio de condução é

(A) reduzir a permeabilidade dos canais iônicos aos íons
potássio.
(B)) reduzir a permeabilidade dos canais iônicos aos íons
sódio.
(C) aumentar a permeabilidade dos canais iônicos aos
íons sódio.
(D) aumentar a permeabilidade dos canais iônicos aos
íons potássio.
(E) inibir a liberação dos íons cálcio ligados ao receptor
do canal iônico.



Resposta Comentada:



Antes de falar do anestésico, vamos revisar o funcionamento do impulso nervoso.

Você fura o dedo. Isso gera um estímulo que é transmitido pelas terminações nervosas até o cérebro. O mesmo interpreta e manda de volta a resposta: Está doendo, caramba!

Como funciona essa transmissão?

A membrana dos neurônios está em repouso. Nesta situação seu interior está carregado negativamente e o meio externo está carregado positivamente. Para lembrar disso pense numa pessoa bonita, mas que seja mau caráter. Por fora é positiva, por dentro é negativa!

Sendo assim, a membrana do neurônio é polarizada (na verdade qualquer membrana de qualquer célula).

Quando o estímulo é gerado (o corte no dedo, por exemplo), a membrana do neurônio próximo ao local abre os chamados "canais de sódio" e permitem a entrada dos íons sódio (carregados positivamente) para o interior da célula. Sendo assim, naquele momento e naquele neurônio, o interior que antes estava carregado negativamente, fica positivo. Ela está numa fase "despolarizada".

Então o neurônio tenta voltar ao equilíbrio. Para isso abre "canais de potássio" fazendo com que íons potássio (carregados negativamente) saiam da célula tentando compensar e voltar ao normal ("repolarizada").

Isso acaba gerando uma reação em cadeia que passa o estímulo de neurônio até neurônio até chegar no cérebro.

Esse entra e sai de sódio e potássio é chamado de? "Bomba de sódio e potássio"! Genial, não?



Pronto! Sabemos como funciona. E os anestésicos locais? O que será que eles fazem?

Eles bloqueiam o estímulo nervoso logo de cara. Para isso, a substância diminui a permeabilidade da membrana do nervo aos íons sódio.Como? Ela literalmente oclui os canais de sódio, entupindo de forma momentânea. Assim os íons sódio não conseguem entrar numa quantidade suficiente para alterar a polaridade da célula e o estímulo não é transmitido.

Depois dessa revisão, acredito que esteja claro que a resposta correta é a letra B


Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anest%C3%A9sico_local

domingo, 31 de outubro de 2010

4o Nível de prevenção da cárie bucal

Questão da Cesgranrio - Petrobrás 2008

Pergunta: O procedimento que pode ser enquadrado no 4o Nível de
Prevenção da cárie dental é o(a)

(A) capeamento pulpar direto.
(B) selamento de fossas e fissuras.
(C) fluoretação da água.
(D) radiografia interproximal.
(E) nutrição adequada no período de formação dos dentes.

Resposta Comentada:

Essa questão é extremamente importante, pois aparece com frequência nos concursos. Existem 5 níveis de Prevenção da carie dentária:

Primeiro nível (Promoção de saúde): Neste nível estão todas as medidas tomadas para o aumento da resistência do organismo do hospedeiro. Estamos buscando algo mais geral, não só contra a cárie, mas contra todos os problemas de saúde. Nutrição adequada, moradia e saneamento básico são algumas propostas.



Segundo nível (Proteção específica): Neste nível, já tomamos medidas mais específicas para a doença cárie. Uso de substâncias fluoretadas, selantes de fóssulas e fissuras, dieta não cariogênica são exemplos.



* OBS: O primeiro e segundo nível se encontram na categoria de PREVENÇÃO  PRIMÁRIA.

Terceiro nível (Diagnóstico precoce e tratamento imediato): Mesmo investindo na promoção de saúde e proteção específica, a danada da cárie resolveu aparecer, mas ainda está numa fase inicial e é logo diagnosticada. Nesse nível ainda podemos usar meios para remineralizar a estrutura dentária. O uso de selantes também pode entrar neste nível. Exames para diagnóstico como radiografias também se encontram aqui.



*OBS: O terceiro nível se encontra na categoria de PREVENÇÃO SECUNDÁRIA.

Quarto nível (Limitação do dano): A cárie já está numa fase avançada, com cavitação. Vamos usar os meios que nos restam para limitar o dano. Restaurações, endodontias, próteses fixas unitárias. Tudo para tentar salvar o remanescente dentário.



Quinto nível (Reabilitação do indivíduo): É...Nada deu certo e o dente teve que ser extraído. Nesta fase se encontra a reabilitação protética, para reintegrar o indivíduo à sociedade.



*OBS: O quarto e quinto nível se encontram na categoria de PREVENÇÃO TERCIÁRIA.

Agora que já revisamos, vamos a nossa resposta correta: Dentre as alternativas, a que se enquadra no 4o nível é a letra A, Capeamento pulpar direto.

DICA: "Tratado de Saúde Coletiva em Odontologia" Antônio Carlos Pereira

Bibliografia:

http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=760

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Considerações sobre esterilização

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT Analista Judiciário 2003

Pergunta: Na prática odontológica, a esterilização 
  1. promove completa eliminação de todas as formas de microrganismos presentes.
  2. é eficaz quando se utiliza estufa a 140 qC por 60 minutos.
  3. é ineficaz quando há imersão de instrumentos em solução aquosa de glutaraldeído a 2% por 10 horas.
  4. promove a eliminação parcial de todas as formas de microrganismos presentes.
  5. utiliza como agentes físicos o óxido de etileno e o glutaraldeído

Resposta comentada:

Boa pergunta cuja resposta depende de uma pequena revisão de Biossegurança.O próprio conceito de Esterilização já nos dá, de cara, a resposta. Esterilização é o processo que promove a completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos presentes: vírus, protozoários, fungos, esporos, bactérias, para um aceitável nível de segurança.

Assim a letra A já parece ser a resposta correta. Mas vamos ver por que as outras estão incorretas.

A letra B é incorreta pois a estufa, método de esterilização físico, na temperatuda de 140º, necessita de pelo menos 180 minutos (3 horas) para a completa destruição dos microorganismos. Para a esterilização em uma hora (60 min.) necessitaria de uma temperatura de 171º. Seguem algumas informações:


estufa


121º = 12 horas
141º = 180 min
149º = 150 min
160º = 120 min
171º = 60 min

A Letra C trata do Glutaraldeído a 2%. Este é um método de esterilização químico que necessita de pelo menos 8 a 10 horas para uma esterilização completa. Sendo assim ele é "Eficaz" em 10 horas e não "Ineficaz" como diz na resposta.

Só como curiosidade, o glutaraldeído puro não é eficaz contra esporos. Por isso normalmente, os produtos vendidos, vêm com um ativador. Este confere um ph alcalino à substância e, aí sim, ele elimina os esporos.

A Letra D, já foi respondida no início. A esterilização é uma coisa completa e total. Não existe esse negócio de "meio esterilizado". Ou está estéril ou não está. E fim de papo!

A letra E é facilmente descartada, pois sabemos que o Glutaraldeído é um método químico e o óxido de etileno, um processo físico-químico.


Bibliografia:
RUTALA W A. APIC Guideline for selection and use of disinfectants. AJIC Am J Infect Control. 1995; 23: (30: 35A- 65A.

http://www.cih.com.br/esterilizacao.htm#l6

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Qual a dose máxima de Mepivacaína a 2% ?

Questão da CIAAR - Aeronáutica 2010

Pergunta: Leia a afirmação abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas. Em anestesiologia na odontopediatria, o uso de Mepivacaína a 2% com noradrenalina 1:100 000 ou adrenalina 1:10 000, temos como dose máxima a administração de __________ mg para ____________kg de peso corpóreo.
  1. 44/ 15
  2. 110/ 30
  3. 154/ 40
  4. 66/ 15



Resposta Comentada:

Mais uma questão decoreba de anestesiologia. Para responder você tem que saber "de cor" a dose máxima da Mepivacaína, que no caso é de 4,4mg/Kg.

Tendo este dado, basta ir para as alternativas e fazer uma pequena conta matemática para conferir uma por uma.

Vamos escolher o peso do paciente como base. Na primeira alternativa o paciente tem 15 Kg.

15 X 4,4 = 66.

A letra A é incorreta, pois da a resposta como sendo 44. Passamos para a segunda.

30 X 4,4 = 132

Letra B também errada pois dá a resposta com 110 kg. Seguinte.

40 X 4,4 = 176

Letra C incorreta pois dá a resposta como 154. Sendo assim a resposta correta só pode ser a Letra D, cujo cálculo coincidentemente já havíamos verificado no teste da primeira alternativa.

Bibliografia:
http://odontopucpr.br.tripod.com/saisbrasil.htm

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Trauma dentário: De qual tipo e o que fazer?

Questão da Fundação Carlos Chagas - TRT Analista Judiciário 2003

Pergunta: Paciente do sexo masculino, 12 anos de idade, sofre queda de bicicleta e chega ao consultório odontológico com queixa de dor à mastigação no dente 21. Clinicamente não é observada fratura nem presença de deslocamento da posição original, apenas dor à percussão. O exame radiográfico mostrou ausência de alargamento do espaço do ligamento periodontal e de outros sinais patológicos. A classificação deste traumatismo e o seu tratamento são, respectivamente, 
  1. concussão; alívio do contato oclusal e proservação.
  2. luxação; alívio do contato oclusal e tratamento endodôntico.
  3. concussão; alívio do contato oclusal e esplintagem por 15 dias.
  4. subluxação; alívio do contato oclusal e proservação.
  5. luxação; alívio do contato oclusal e esplintagem por 15 dias.

Resposta Comentada:



Para responder precisamos fazer uma pequena revisão sobre Traumatismo Alvéolo-Dentário. Mais especificamente sobre Traumatismos aos tecidos periodontais, já que a questão informa que não houve fratura da unidade dentária.

Inicialmente vamos aos conceitos desses traumatismos:

Concussão : É o mais brando desses traumatismos. Nele não há deslocamento nem alteração anormal de posição. A única coisa que o paciente se queixa é de uma reação à palpação vertical ou horizontal. O teste de vitalidade pode dar positivo ou negativo. Nesse caso só precisamos dar um repouso oclusal ao dente, pedindo ao paciente que evite mastigação excessiva por alguns dias. No máximo um desgaste da unidade antagonista e acompanhamento.

Subluxação: Nesse caso a porrada já foi um pouco mais forte e existe uma pequena mobilidade horizontal, mas sem deslocamento. Normalmente exibe um sangramento no sulco gengival e o paciente sente dor na percussão. O tratamento é parecido com a concussão. Repouso oclusal (uns 14 dias), desgaste do antagonista se necessário e, no caso de mobilidade excessiva, uma contenção pode ser realizada.

Luxação: A Luxação pode ser de 3 tipos.

Extrusiva: quando há deslocamento parcial da unidade para fora do alvéolo. Nesse caso existe sangramento do ligamento periodontal, espessamento do mesmo na radiografia e teste de vitalidade negativa. Resolvemos isso inicialmente reposicionando a unidade e colocando uma contenção semi-fixa por 2 a 3 semanas. Provavelmente irá necessitar de endodontia posteriormente, mas em alguns casos existe recuperação da vitalidade.



Lateral: Quando o deslocamento é lateral. Obviamente a coroa vai para palatina, pois ninguém leva porrada de dentro pra fora. O alvéolo sofre fratura e, nesses casos, não costuma existir mobilidade pois a unidade acaba travada. Nesse caso, realizamos reposicionamento e contenção semi rígida, já que o osso também foi agredido com fratura. Lembrar de comprimir a tábua óssea, tanto vestibular quanto palatina e readaptar a gengiva.

Intrusiva: O deslocamento da unidade é para o interior da cavidade alveolar. Existe fratura do alvéolo e costuma haver sangramento nasal. Não apresenta mobilidade e ,radiograficamente, o espaço do ligamento periodontal aparece diminuido ou ausente. O tratamento de escolha é o reposicionamento ortodôntico. Dentes com rizogênese incompleta podem re-erupcionar sozinhos, mas nem sempre é bom esperar por isso pelo risco de reabsorção.

Avulsão: Nele, a porrada é tão feia que o dente sai completamente do alvéolo dentário.Não precisa nem ficar fazendo teste, não? Ou acha que o dente vai ter vitalidade na palma da sua mão? O tratamento é o re-implante. Se a coisa for rápida, (30 minutos ou 6 horas acondicionado adequadamente) o re-implante pode ser feito na hora, lavando o dente em solução salina, inserindo o dente no alvéolo e fazendo uma contenção fixa por 14 dias. mas se for tardio ai já envolve tratamento endodontico fora da boca antes de re-implantar e fazer a contenção semi rígida.

Após todas essas explicações, vamos à resposta correta. Sem fratura nem deslocamento. Eliminamos as alternativas B e E, pois nas duas temos luxação (deslocamento extrusivo, intrusivo ou lateral). A letra C nós eliminamos, pois ele associa a concussão a uma esplintagem e todos nós sabemos que na concussão só precisamos de repouso oclusal. Ficamos com a letra A e D. O tratamento das duas é compatível com o trauma.

Basta diferenciar: Concussão ou subluxação? A resposta correta é letra A, Concussão. Só podemos verificar isso na questão por causa da ausência de espessamento do ligamento periodontal. Esse espessamento ocorre na subluxação, pois nele algumas fibras desse ligamento são rompidas.

Bibliografia:
http://revistas.unipar.br/saude/article/viewFile/2541/1984

http://www.ufpel.edu.br/pecos/index.php?option=com_content&view=article&id=67&Itemid=122

domingo, 24 de outubro de 2010

Formatos de acesso endodôntico em dentes com coroa hígida

Questão da Cesgranrio - Petrobrás 2008

Pergunta: Qual a forma ideal de um acesso coronário para tratamento endodôntico de um canino inferior com a coroa hígida, segundo S. Cohen?


a) Oval.

b) Retangular.

c) Trapezoidal.

d) Triangular com a base voltada para cervical.

e) Triangular com a base voltada para incisal.


Resposta Comentada:

Outra questão bastante repetida em concursos e relativamente fácil. Daquelas que você nem precisa pensar muito. Então vamos para os comentários.

A abertura coronária tende a seguir o formato anatômico da câmara pulpar com um pouco de divergência devido ao desgaste compensatório. Sendo assim uma rápida revisão de anatomia resolve nosso problema:

Existe uma variação a depender da idade do paciente, pois a câmara pulpar tende a reduzir seu volume com o tempo, e quantidade de condutos.

Incisivo Jovem: Triangular com base voltada para incisal

Abertura Coronária em Incisivos
triangular

Incisivo Adulto: Ovóide

Canino Jovem: Losangular

Canino Adulto: Ovóide

Abertura Coronária em Caninos
ovóide

Pré-Molar: Ovóide com maior extensão no sentido vestibulo-lingual


Abertura Coronária no Primeiro Pré-Molar
ovóide

Molar Superior: Triangular com vértice voltado para a lingual (Se a coroa for muito achatada esse contorno pode ser quase ovalado)

Molar Inferior: Triangular com vértice voltado para a distal (Se apresentar quatro condutos a forma fica trapezoidal com base maior voltada para mesial)


Abertura Coronária no Primeiro Molar
trapezoidal

Sendo assim a resposta correta é letra A.


Bibliografia:
COHEN. S.,BURNS,R.C.Pathways of the pulp. 5.ed.p.367-71.St.Louis:Mosby,1991.804p.